«Tinha passado a festa do Natal de 1822 em Guimarães, e levara à sobrinha um grilhão de ouro da sua viúva dentro de uma rosca de pão-de-ló. Gostou muito de a ver entretida com o presépio do Menino Jesus, cheia de devotos carinhos, ora beijando-lhe os pés, ora incensando o recinto do religioso espectáculo, guardando em todos estes actos umas atitudes misteriosas e uns silêncios respeitosos e dignos das primitivas cristandades nos subterrâneos da Roma pagã. Acompanhou o tio Manuel a sobrinha à missa do galo, e embirrou com o fidalgo do Toural que lhe atirou confeitos a ela, e a ele dois rebuçados velhos à cara que pareciam de chumbo.»
(In A Viúva do Enforcado)
… a festa do Natal de 1822 em Guimarães…
Dezembro 25, 2010 por casadecamilo
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