Foi Camilo Castelo Branco um mestre incontestado da lusitana linguagem, que ele aprendeu perfeitamente não só no cultivo dos clássicos, que conhecia com exuberância, mas fontes orais, pelo trato de todas as condições de nossa gente, de modo que a sua expressão, de par e passo que é sábia, é dúctil, e seu estilo e maneira, vivos, maleáveis e plásticos, afeiçoam-se às situações exteriores e condizem com as crises íntimas, prevalecendo o tom dramático que se nos revela sempre como o dominante e peculiar, essencial e profundo do subjetivismo desse glorioso infeliz, cuja aflição, em parte, derivou do mesmo manancial recôndito de onde lhe jorrara, conexo, o talento.
(In Rapsódia Camiliana)
Camilo visto por… Sampaio Bruno
Novembro 29, 2011 por casadecamilo
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