«Escrever as coisas como elas se passam no mundo, como nós as vemos por aí! Então é melhor não dar cópias da realidade. O que a gente quer é que o romancista nos pinte a sociedade, a vida e as paixões melhores ou piores, do que são. Regala estar lendo uma cena sem naturalidade, e dizer “isto não é assim; mas, se assim fosse, era mais agradável o mundo”.
Onde está a imaginação do novelista, que repete o que viu, ou leu, ou lhe contaram?! É como dizerem que o teatro deve ser a fotografia da vida! Vão para lá com os seus dramazinhos verdadeiros, e verão que nem os músicos da orquestra lhos aturam. O romance é tal e qual a mesma coisa.
Se nos não maravilha, enfada-nos.»
(In O Romance de um homem rico)
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