«Vivia em Vila Nova de Famalicão, com os tios, uma órfã de pai e mãe, conhecida por Trintanária ou Diamante Negro, devido ao elevado montante da herança (falava-se em trezentos contos). Chamava-se Maria Isabel da Costa Macedo e tinha 17 anos (a mesma idade de Nuno).
Camilo engendra um enredo tenebroso, maquiavélico, apesar de saber que a menina estava noiva de um primo. O paspalhão do Nuno limita-se a copiar os rascunhos das cartas amorosas que o pai escreve. A inocente donzela, incendiada pelo fogo das palavras do fauno experimentado, acede à proposta do suposto apaixonado e deixa-se raptar na noite de 4 de maio de 1881.»
(In Roteiro dramático dum profissional das letras, de Alexandre Cabral)
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