Em 1873, vindo eu de Santo-António-das-Taipas a Guimarães, por uma manhã de junho, entrei no cemitério com um meu amigo.
Estava o coveiro a aplanar com a enxada um valo de sepultura.
– Quem se enterrou aí? – perguntou o meu amigo.
– Foi D. Teresa da rua dos Fornos.
– Ah! Já sei… – disse o meu companheiro.
– Era a viúva do enforcado? – perguntei eu – Que é isso?
E referiu-me a história.
Perguntei-lhe, afinal, por Caetana, porque eu – que excentricidade! – achei aquela Caetana uma peça verdadeiramente nacional, portuguesa de todos os quilates.
(In A Viúva do enforcado)
Uma manhã de junho
Junho 22, 2016 por casadecamilo
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