«O gozo de ser rico deixa de o ser, quando o ouro não compra as alegrias puras da alma.»
(In O Judeu)
Archive for the ‘Prémio Casa de Camilo’ Category
Pensamento da semana
Posted in Prémio Casa de Camilo, tagged alegrias, Alma, gozo, O Judeu, Ouro, pura, Rico on Janeiro 22, 2012| Leave a Comment »
“Manoel de Oliveira e Camilo”
Posted in Cinema, Prémio Casa de Camilo, tagged Abílio Hernandez Cardoso, Agustina Bessa Luís, Aníbal Pinto de Castro, Fanny Own, Francisca, João Benard da Costa, José Augusto Pinto de Magalhães, Manoel de Oliveira, O Dia do Desespero on Dezembro 16, 2008| Leave a Comment »
Têm as grandes obras e os grandes criadores o condão mágico de permitirem a criação de grandes espaços de encontro cultural, numa espécie de respublica spiritualis, que não conhece as limitações do tempo, nem as fronteiras dos géneros ou das formas de expressão que naturalmente distinguem os artistas, ou sequer as legítimas diferenças de ideologia, de crença ou de acção política que possam separar os homens!
Camilo e a sua obra são por certo uma dessas realidades multímodas, polissémicas e perenes que, desde há mais de um século e meio mais poderosamente suscita e congrega as atenções, os interesses estéticos, a força prometaica dos criadores e o empenho dos estudiosos da sociedade portuguesa moderna. E uma das mais evidentes provas desta minha afirmação é, mesmo quando passa despercebida aos olhos tantas vezes desatentos do nosso mundo cultural, é o Prémio Casa de Camilo, [entregue] ao cineasta Manoel de Oliveira.
Com efeito, desde que foi criado, o Prémio tem distinguido estudiosos de Camilo, como Jacinto do Prado Coelho, Alexandre Cabral ou Manuel Simões, editores da sua obra, como a Livraria Lello, do Porto, sucessora de um dos mais fiéis editores do Escritor, que foi Ernesto Chardron, e agora um cineasta da craveira de Manoel de Oliveira, em cuja obra os dramas de Camilo e das suas personagens têm parte tão significativa, pela quantidade, pela qualidade mas, com não menor dimensão, pelos caminhos verdadeiramente renovadores que com o seu tratamento rasgou no campo da sétima arte, justamente numa intersecção que tão difícil e polémica se tem mostrado desde a sua invenção, como é o do tratamento cinematográfico da obra literária ou da difícil personalidade dos seus criadores.
Grande e renovadora é, na verdade, a presença da matéria camiliana na obra cinematográfica de Manoel de Oliveira.
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