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Posts Tagged ‘Casa-Museu de Camilo’


Os ministérios da Cultura e das Obras Públicas vão negociar um regulamento para a sinalização nas estradas dos equipamentos culturais e do património classificado que acabe com as actuais dificuldades burocráticas para a colocação de painéis informativos. O secretário de Estado da Cultura, Elísio Summavielle, adiantou à agência Lusa que as direcções regionais de Cultura estão a fazer o elenco dos equipamentos que deveriam estar sinalizados nas estradas e nas auto-estradas, para que seja apresentado numa reunião que vai ter, no início do 2011, com o secretário de Estado das Obras Públicas.

O governante respondia, assim, ao problema levantado pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão que pretende, há vários anos e sem êxito, colocar uma placa informativa na berma da auto-estrada A7, que passa junto à Casa-Museu de Camilo Castelo Branco, em S. Miguel de Seide. Elísio Summavielle concorda com o vice-presidente da autarquia, Paulo Cunha, e diz, a título de exemplo, que o problema se coloca, também com a realização, em Guimarães, em 2012, da Capital Europeia da Cultura.

“As questões da sinalética dos equipamentos culturais e do património classificado nas nossas estradas arrastam-se há dezenas de anos, muitas vezes porque nunca foram tratadas em bloco mas apenas pontualmente”, referiu, reconhecendo que “como os circuitos administrativos são complicados os assuntos acabam por não se resolver”.

Para o secretário de Estado, “a sinalética cultural é uma questão muito simples mas também muito importante para informação de quem circula e do público que quer visitar os equipamentos e não tem a devida sinalização”.

Em declarações à Lusa, o vice-presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, disse que o pedido de colocação de uma placa informativa sobre a Casa de Camilo “se arrasta há muitos anos”, mas sublinhou que “tal não é da responsabilidade do Governo, é sim dos concessionários”.

“É um processo excessivamente burocratizado”, lamentou, reconhecendo que a questão da sinalética é complexa porque não se pode sinalizar todas as referências ao longo de um percurso, mas acentuando que “Camilo, a sua obra literária e o referencial que é justificava que a concessionária tivesse abertura e aceitasse a colocação de uma placa”.

O autarca do PSD frisou que a Câmara quer, apenas, colocar uma placa identificativa na A7 que refira: “Estamos numa terra camiliana, a poucos metros, já que as pessoas que aqui circulam, muitas delas, não sabem que passam em Seide S. Miguel, a localidade onde Camilo viveu cerca de 26 anos”.

FONTE: Agência Lusa, 22-11-2010

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«Há mulheres como a lança de Pélias: curam as feridas que fazem».
(In Anos de Prosa)

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«A cegueira do coração não deixa ver senão o que a ciência infere e a mão apalpa
(In A bruxa de Monte Córdova)

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O Gabinete de Informação, Formação e Tecnologia (GIFT) da Direcção Regional de Educação do Norte disponibilizou a reportagem que realizou, durante o Ano-Lectivo 2009-2010, sobre o projecto «Amo-te Escrita», desenvolvido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, através da Casa de Camilo, o qual envolveu cerca de uma centena de alunos que frequentaram o quarto ano de escolaridade em diversas escolas deste concelho.

O projecto elaborado pelo Museu de Seide no âmbito do ateliê de engenharia textual “Amo-te Escrita” foi coordenado pelo formador Pedro Chagas Freitas, e é fruto do desafio lançado a quatro turmas de Escolas do 1.º Ciclo de Riba de Ave, de Fontelo, de Louredo e de Gondifelos.

Durante o presente ano lectivo, as crianças visitaram a a residência do escritor, assistiram à leitura encenada da obra “Amor de Perdição”, receberam formação específica na área da escrita criativa e foram incentivadas a criar um conto sobre o amor. 
Os textos finais encontram-se agora reunidos num livro repleto de imaginação, criatividade e muita paixão.


Fonte: Gabinete de Informação, Formação e Tecnologia – DREN

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«O suicídio é o maior dos crimes, porque é o desprezo do divino remédio nas dores passageiras desta vida».
(In Carlota Ângela)

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A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão aprovou por unanimidade um voto de pesar pela morte do director da Casa-Museu de Camilo Castelo Branco, o professor universitário Aníbal Pinto de Castro. Em reunião do Executivo Municipal, realizada nesta quarta-feira, o voto de pesar apresentado pelo presidente da Câmara, Armindo Costa, foi subscrito por todos os vereadores da maioria PSD-CDS/PP e do PS.

Professor jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Pinto de Castro faleceu sexta-feira, 8 de Outubro, aos 72 anos, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde estava internado há cerca de um mês. O funeral ocorreu sábado, em Cernache, localidade de onde era natural e onde residia. A sua última aparição em S. Miguel de Seide aconteceu em 26 de Fevereiro de 2010, para receber o bispo do Porto, D. Manuel Clemente, convidado da Casa-Museu de Camilo Castelo Branco no ciclo de cinema “Um Livro, Um Filme”.

Aníbal Pinto de Castro prestou uma estreita e inestimável colaboração com o Município de Vila Nova de Famalicão, desempenhando as funções de Director da Casa-Museu de Camilo Castelo Branco e do Centro de Estudos Camilianos, desde Dezembro de 1995. Em Vila Nova de Famalicão, exerceu igualmente as funções de Director da Biblioteca da Fundação Cupertino de Miranda, cujo Conselho de Administração integrou.

Como forma de reconhecer o seu papel no desenvolvimento da cultura a nível local e nacional, a Câmara Municipal galardoou Aníbal Pinto de Castro com a Medalha de Mérito Municipal Cultural, através da deliberação de 25 de Junho de 2001, e com o título do Cidadão Honorário do Município, mediante deliberação de 25 de Junho de 2008.

PINTO DE CASTRO DOOU CAMILIANA PARTICULAR E ACERVO BIBLIOGRÁFICO DO SÉCULO XIX

Ao ter recebido o título de cidadão honorário das mãos de Armindo Costa, em 9 de Julho de 2008, na sessão solene evocativa do 23º aniversário da cidade de Vila Nova de Famalicão, Aníbal Pinto de Castro anunciou que iria doar parte dos 60 mil títulos que compunham a sua biblioteca pessoal ao município, em particular a bibliografia relativa a Camilo e à literatura do século XIX. “Não encontraria nenhuma instituição melhor para receber a parte da minha biblioteca no que diz respeito a Camilo e ao século XIX do que o Centro de Estudos Camilianos”, afirmou na altura Aníbal Pinto de Castro. Armindo Costa, por seu turno, considerou a doação de Pinto de Castro como “um motivo de orgulho para Famalicão e para os famalicenses”.

Aníbal Pinto de Castro nasceu a 17 de Janeiro de 1938, licenciou-se em Filologia Românica na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 1960, com a tese Balzac em Portugal. Considerado uma das maiores referências das letras em Portugal e no estrangeiro, doutorou-se em Literatura Portuguesa na “sua” universidade, em 1973, e, em 2007, recebeu o doutoramento “honoris causa” pela Universidade Católica Portuguesa, na celebração dos 40 anos desta instituição.

Nomeado Professor Auxiliar na mesma faculdade em 1974, Pinto de Castro passaria a Extraordinário, em 1978, e, finalmente, a Catedrático, em 1981. Desenvolveu uma intensa e vasta actividade docente, regendo cadeiras de Literatura Francesa, Literatura Portuguesa e Estudos Camonianos e assegurando vários seminários em cursos de mestrado da área de Literatura Portuguesa, assim como cursos de graduação e pós-graduação em diversas Universidades nacionais e estrangeiras. Ao longo da sua longa carreira universitária, exerceu as funções de Director da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, entre 1984 e 2004.

Participou em inúmeros congressos e reuniões científicas, dentro e fora de Portugal, apresentando várias comunicações sobre matérias da sua especialidade, com notável incidência nos períodos clássico e moderno da Literatura Portuguesa, e na obra de escritores como Camões, Padre António Vieira, Eça de Queirós e Camilo Castelo Branco, donde resultou uma bibliografia com mais de duzentos títulos.

Foi membro da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Portuguesa da História, da Real Academia da História de Espanha, da Academia Nacional de História da Venezuela e da Sociedade de Geografia de Lisboa, entre outras instituições científicas. Em Abril de 1998, foi galardoado com o Prémio Internacional de Crítica Literária Jacinto do Prado Coelho, atribuído pelo Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários. Aposentou-se da carreira universitária em Fevereiro de 2005.

Foi Comendador da Ordine al Merito della Republica Italiana, Comendador da Real Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e Cavaleiro da Ordem Equestre do Santo Sepulcro. No dia 10 de Junho de 2007, Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva, galardoou-o com a Ordem de Sant’Iago da Espada.

A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão apresenta “as condolências e a solidariedade institucional” à família de Aníbal Pinto de Castro.

Fonte: Município de Vila Nova de Famalicão

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Título: Camilo Castelo Branco – Terras de Passagem: Santo Tirso

Autor: António Jorge

Formato: pdf

Tamanho: 287 KB

Ano: 2008

Sinopse: Camilo, com uma bala assertiva disparada do seu Bull-dog de coronha de madeira, furava a cabeça pelo orifício do ouvido quando, em Santo Tirso, o Conde de S. Bento furava a atmosfera com dez grosas de foguetes de lágrimas. Era domingo, o dia premeditado para o suicídio.

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«Há muitos anos já que, na minha biblioteca, os romances de Eça dormem, cuidadosamente arrumados. As obras de Camilo, as múltiplas edições que fui adquirindo ao longo da vida, essas acumulam-se, numa desordem que denuncia utilização constante. Eu não sei porque é que havia de preferir Camilo a Eça. Mas arrisco que talvez seja porque o coração e a cabeça me pedem, nas alturas decisivas, o desafio da incerteza e o calor insuportável das paixões, em vez do confortável pirronismo da crítica da luneta.
Sei pouco da vida, muito menos que Camilo, que escreveu sobre nós até mesmo aquilo que nunca seremos capazes de viver. Mas reconheço nele os traços de uma tragédia iminente que nos toca a todos, quando, por acaso, aquilo a que chamamos destino nos conduz ao limiar do desespero.
O gesto com que Camilo pôs termo à vida […] marca simbolicamente o único momento de acordo entre a sua alma e o seu corpo. Aquietam-se ambos, por uma vez, e para sempre.
Deixou-nos o encargo de sofrer – ou, pelo menos, de percebermos, com a estúpida lucidez que só a literatura nos pode dar, que a vida, quando dói, dói mais que a alegria.
(In «A sombra de Camilo». Expresso. 02.Jun.1990)

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«O coração não diz nada. O coração é um vaso onde passa o sangue. O coração que não é isto, e simplesmente isto, é um tolo».
(In O romance de um homem rico)

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O filme «Mistérios de Lisboa» de Raúl Ruiz, realizado a partir da obra homónima de Camilo Castelo Branco, terá a sua antestreia no auditório da Casa de Camilo, em S. Miguel de Seide (Vila Nova de Famalicão), no próximo dia 15 de Outubro, pelas 21h00, e contará com a presença de alguns dos principais actores.

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