E ali, da portaria do mosteiro de Santa Clara avizinhou-se chusma de homens, que levaram uma mulher estorcendo-se a brados aflitivos.»
(In Livro de consolação)
Posts Tagged ‘Coimbra’
Mosteiro de Santa Clara, Coimbra
Posted in Lugares da vida e da ficção, tagged Coimbra, Livro de consolação, Mosteiro de Santa Clara on Abril 20, 2022| Leave a Comment »
Coimbra
Posted in Lugares da vida e da ficção, tagged 1846, Coimbra, coração, estudar, humanidades, janeiro, vida on Janeiro 27, 2021| Leave a Comment »
A Casa de Camilo deseja a todos os seus amigos e colaboradores Feliz Natal
Posted in Diversos, tagged Casa de Camilo, Coimbra, Coisas Espantosas, feliz, Natal on Dezembro 23, 2020| Leave a Comment »
Espírito e graça
Posted in Espírito e graça, tagged Coimbra, companheiro, dias, Que segredos são estes?, saúde on Dezembro 16, 2020| Leave a Comment »
«- Fui hoje ver à casa da saúde o Duarte Valdez.
– O nosso companheiro de casa em Coimbra?
– Justamente. – Que tem ele?
– Os dias contados…»
(In Que segredos são estes?…)
Coimbra
Posted in Lugares da vida e da ficção, tagged advogado, asno, Coimbra, conselhos, estudo, praticar on Abril 2, 2020| Leave a Comment »
«O pai está enganado com o modo de vida que me deu. Um doutor não pode dar conselhos sem primeiro andar na prática. Eu preciso de ir primeiro estar algum tempo no escritório de um advogado; e depois é que posso dar conselhos por minha conta.
– Então que foste tu fazer a Coimbra, pedaço de asno? Eu cuidei que era lá o estudo!»
(In Cenas inocentes da comédia humana)
Coimbra no século XIX
Posted in Lugares da vida e da ficção, tagged cear, Coimbra, coração, Corpo, Filhos, Maria Camelo, ruína on Setembro 19, 2013| Leave a Comment »
«Faz-me grandes saudades a Coimbra de 45 e 46, em que eu por ali estraguei duas batinas. A Maria Camelo era então uma gentil rapariga a quem eu desfechava frases sentimentais, mas, sobre a matéria, incombustível. Ela foi a salamandra dos vulcões líricos que então flamejavam em Coimbra. Ouvia-se com um sorriso afetuoso, enquanto eu me saturava do fósforo dos seus linguados e das suas tainhas. Volvidos 34 anos, quando meus filhos lá iam cear, ela disse-lhes:
– Seu pai sentou-se aí nessa mesa muitas vezes. Não se esquecera do meu nome. Como isto é triste… quando se sente o coração vivo nas ruínas do corpo!»
Convento de Santa Clara, em Coimbra
Posted in Lugares da vida e da ficção, tagged Coimbra, Convento de Santa Clara, Livro da Consolação on Maio 20, 2011| Leave a Comment »
«Do mosteiro de Santa Clara saiu o cadáver sobraçado por aquele homem que relançava à volta de si o olhar sôfrego da posse da mulher morta. Quando ele, vagarosamente, passava no longo dormitório, ouviu o murmúrio das freiras que rezavam salmos no coro. A desgraça faz prodígios de fé, desvarios de crença que seriam galardoados com milagres, se os actos da omnipotência divina se pautassem pela regra do nosso entendimento. Eduardo, aceso em fé ardente, escutava o soturno rumor das vozes, e orava em espírito com os olhos fitos nos do cadáver ainda mal fechados. O infeliz pedia a ressurreição daquela mulher, dobrando os joelhos, e inclinando a face sobre os seus lábios alvacentos, como se esperasse sentir-lhe o hálito dos pulmões revividos.
Instaram os oficiais, que o acompanhavam, para que lhes confiasse o cadáver; mas, não conseguindo desabraçá-lo da morta, ajudaram-no a transportá-la ao quartel de um deles, que se incumbiu do enterro.»
(In Livro de Consolação)
Coimbra
Posted in Lugares da vida e da ficção, tagged Camilo, Camilo Castelo Branco, Casa de Camilo, Casa-Museu de Camilo, Coimbra, Manuel Negrão on Março 28, 2010| Leave a Comment »
Saberás, meu caro Negrão, que tenho vivido senão feliz ao menos pacificamente nesta muito linda cidade de Coimbra. Esta terra tem encantos, que só lhos conhece o homem de vida trabalhada de angústias, que vem refocilar-se nesta sacrossanta paz da modulada banza.
Aqui tudo é um requebro saudoso de vida a moyen age. Gosto, e levarei pena quando daqui sair. Não tenho vivido à laia de chinfrim. Vivo na aristocracia intelectual, e estou relacionado com estas sumidades mais ou menos caricatas.
In Carta de Camilo a Manuel Negrão