Feeds:
Artigos
Comentários

Posts Tagged ‘Corpo’

«Saí de Soutelo no fim do verão.

Silvestre acompanhou-me aos banhos da Póvoa, e já vinha com todos os sintomas de caquexia, resultante da imobilidade, e cansaço das molas digestivas. Retirou-se para a província, logo que os primeiros banhos, e as primeiras perdas ao jogo lhe molestaram o corpo e o espírito.»
(In Coração, cabeça e estômago)

 

Read Full Post »

«O santo bispo chama ao corpo “bruto” e o conde francês chama-lhe “besta! – ao corpo entenda-se, e não ao bispo.
Para mim tenho que o corpo é ambas as coisas, e muitas outras.»
(In O Romance dum homem rico)

 

Read Full Post »

«Duas maravilhas então ocorreram: nunca mais Leonor se lastimou da sua desgraça.
E se acontecia Maria ou Álvaro olharem-na com piedade, sorri ela, e dizia:
– O espírito é feliz; e as dores abrandaram muito, desde que metade do corpo morreu. Vejo-me meia morte, e não me aterro.
A outra maravilha foi o remoçar-se-lhe o rosto, até à formosura que ela naturalmente conservaria, com vida quieta e bonançosa, nos seus vinte e nove anos…»
(In O Romance dum homem rico)

Read Full Post »

Comer à francesa

«O repasto do hotel Francfort foi leve.
Quem come francesmente cria alma; corpo é que não.»
(In O Sangue)

 

Read Full Post »


«Faz-me grandes saudades a Coimbra de 45 e 46, em que eu por ali estraguei duas batinas. A Maria Camelo era então uma gentil rapariga a quem eu desfechava frases sentimentais, mas, sobre a matéria, incombustível. Ela foi a salamandra dos vulcões líricos que então flamejavam em Coimbra. Ouvia-se com um sorriso afetuoso, enquanto eu me saturava do fósforo dos seus linguados e das suas tainhas. Volvidos 34 anos, quando meus filhos lá iam cear, ela disse-lhes:

– Seu pai sentou-se aí nessa mesa muitas vezes. Não se esquecera do meu nome. Como isto é triste… quando se sente o coração vivo nas ruínas do corpo!»

Read Full Post »

“Envelhece facilmente o corpo fraco onde se debate uma alma poderosa. A vida é um equilíbrio de dois factores que não vivem à custa um do outro.”
(In O demónio do ouro)

Read Full Post »