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Posts Tagged ‘Duas horas de leitura’

«Saudades são securas…»
(In Duas horas de leitura)

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“O título deste escrito, como veem, é modesto. Os trabalhos e mortificações de Fernão Mendes Pinto são uma patuscada confrontados com as angústias deste viageiro, que convida os leitores piíssimos a compadecerem-se das aventuras de quatro homens que foram… a Braga!”
(In Duas horas de leitura)

A iniciativa tem como objetivos principais fomentar o gosto pela leitura dos textos de Camilo Castelo Branco e proporcionar a partilha de abordagens e de interpretações da prosa do romancista de São Miguel de Seide.

Para cada sessão é sugerida a leitura prévia de um texto de Camilo, o qual é cedido gratuitamente pela Casa de Camilo, desde que solicitado para o endereço eletrónico geral@camilocastelobranco.org.

Formador: João Paulo Braga
Local: Casa de Camilo – Museu (S. Miguel de Seide, Vila Nova de Famalicão)
Público-alvo: maiores de 16 anos (número máximo de 30 participantes por sessão).

 

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«O demónio para a conveniência é muito melhor sujeito que o homem.»
(In Duas horas de leitura)

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“Saímos para a romaria, não menos alegres que o populacho que enchia a estrada.

Comunicavam-nos a sua alegria de bailadeiras incansáveis, com o vestido arregaçado a meia perna, e os garridos lenços soltos ao capricho das evoluções lúbricas da Sirandinha e Cana verde. Chasqueávamos os carroções, tirados por parelhas de gemebundos bois, costa acima por aqueles algares de Vila Nova de Gaia, a trasbordarem cabeças de numerosíssimas famílias que se empilhavam, sabe Deus como.

Aproveitamos o ridículo de tudo, e até do sério tirávamos o sal que a nossa alegre imaginação lhe emprestava.”

(In Duas horas de leitura)

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«O amor mais santo é o que mais se resguarda no santuário do mistério.»
(In Duas horas de leitura)

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«Pode-se morrer mais que uma vez. A sepultura é que é só uma para cada homem.»
(Duas horas de leitura)

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«Estes anéis, dera-mos Maria do Adro…
Era filha de uma viúva pobre. Tinha dezassete anos. Fora bonita até aos quinze; depois, uma enfermidade emagreceu-lhe a face, amareceu-lhe a pele, e sugou-lhe a seiva que viçava em flores por todo aquele rir e olhar de descuidosa inocência. À mudança de semblante correspondeu a da alma.
Fez-se melancólica e taciturna. Não arranchava para dançar de roda, nem cantava nas espadeladas do linho. Chamavam-lhe “nona” as azougadas companheiras, e ela o que respondia às provocações era: “Andai, andai, raparigas; eu também me diverti assim, quando tinha saúde.»
(In Duas horas de leitura)

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«Eis aqui um povo que adormeceu rezando o terço e os versos de S. Gregório, e acordou para levar ao templo o coração lavado com que se deitou! Aquele capote, forrado de baeta, com este calor que faz, é sem dúvida um grande saco de penitência debaixo do qual se escondem os cilícios expiatórios, quando vão à missa, e o garrafão do verdasco, quando voltam para casa.»
(In Duas horas de Leitura)

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«Chegaram as férias, fiz acto de anatomia, e fui premiado com um indulgente R. De boa vontade aceitava eu três, contando que me deixassem sair mais cedo. Esperava-me o cavalo com a magra mala.»
(In Duas horas de leitura)


Edifício da Faculdade de Ciências (atual Reitoria da Universidade do Porto)

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«Aos meus dez anos, levantou-se uma tempestade no seio da minha família. Uma vaga levou meu pai à sepultura; outra atirou comigo de Lisboa, minha pátria, para um torrão agro e triste do norte; e a outra… Não merece crónica a outra: arrebatou-me um esperançoso património. Foi bem pregada a peça para que eu não tivesse a impudência de nascer, a despeito da moral jurídica, filho bastardo de não sei que nobre.»
(In Duas horas de Leitura)

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