
«…pretende-se, se não me engano, patrocinar os garotos que entoam no Porto, as cantigas da noite de Natal.»
(In Ecos Humorísticos do Minho)
Posted in Direcção Casa de Camilo, tagged cantigas, Ecos humorísticos do Minho, Natal, noite, Porto on Dezembro 22, 2021| Leave a Comment »
Posted in Extratos da obra, tagged Ecos humorísticos do Minho, nacional, Patriotismo, Primeiro de Dezembro on Dezembro 1, 2021| Leave a Comment »
«Desde, que é o nacional, tenho eu muitíssimo, com um grande patriotismo; e, à míngua doutra revelação autonómica, sou pródigo dele no Primeiro de Dezembro…»
(In Ecos humorísticos do Minho)
Posted in Extratos da obra, tagged bombo, cavaquinho, Ecos humorísticos do Minho, festa, verão on Julho 21, 2021| Leave a Comment »
«O bombo, que começou a morrer desde que por escárnio o crismaram em Zé-Pereira, é já raro ouvir-se nas alvoradas de verão festejando os mordomos das festas, e rolando ao longe os rufos das suas caixas nas quebradas sonorosas dos montes. Isto fazia uma alegria incomparável; chamava os corações que estremeciam alvoroçados, havia muito amor naqueles dias de festa, as moças saltavam dos combros aos caminhos suspensas na roda das saias; os rapazes esperavam-na zangarreando nos cavaquinhos, e lá iam de rancho, num saracoteio de nalgas tão inocente como as estátuas nuas, e com mais alguma sensibilidade que elas, quando as beliscavam nas polpas.
Polpas, inocência, bombo, cavaquinho, tudo passou.»
(In Ecos humorísticos do Minho)
Posted in Espírito e graça, tagged devoção, Ecos humorísticos do Minho, fé, região, romarias, vinho on Julho 9, 2021| Leave a Comment »
«As romarias desta região mais idólatra da Europa vão decaindo. Anos de pouco vinho, por via da regra, são anos de pouca devoção. As almas enchiam-se de fé, ao passo que as pipas se enchiam de ar.»
(In Ecos Humorísticos do Minho)
Posted in Extratos da obra, tagged dogmas, Ecos humorísticos do Minho, Jesus, Páscoa, Religião on Abril 21, 2019| Leave a Comment »
«Depois, na Páscoa, tornam a cevar-se em cabeça de porco, pelo facto de Jesus ter ressuscitado, e assim vão comendo as suas vitualhas e mais os dogmas da sua religião.»
(In Ecos Humorísticos do Minho)
Posted in Diversos, tagged Deus, Ecos humorísticos do Minho, filho, Nascimento, Natal on Dezembro 23, 2014| Leave a Comment »
«…Depois, o mulherio e os rapazes saem, quentes e refratários ao gelo de 24 de dezembro, a cantar por portas o nascimento do filho de Deus.»
(In Ecos humorísticos do Minho)
Posted in Extratos da obra, tagged Ecos humorísticos do Minho, Noite de Natal on Dezembro 22, 2011| Leave a Comment »
Os rapazes já escaldam as pinhas para lhes descelularem os pinhões, que hão-de jogar e comer na noite de Natal. Nas hortas medram as viçosas couves galegas, cujos os olhos hão-de ser cozidos com o farto bacalhau naquela noite almejada.
A alegria não preluz a esta gente pelo aniversário do Redentor; é pelo aniversário do vinho quente, da aletria e dos mexidos: – uma barrigada que vale bem a comemoração dum Deus que se fez homem para dar a estes operários a dignidade que lhes permite comerem as suas rabanadas debaixo do seu tecto colmado. Eles não sabem nada disso. Entendem que o facto do nascimento de Jesus está teologicamente e socialmente explicado pela indigestão das hortaliças abeberadas em azeite.
(In Ecos humorísticos do Minho)
Posted in Pensamento da semana, tagged Ecos humorísticos do Minho, escritores, hábito, herdeiros on Julho 24, 2011| Leave a Comment »
«Enquanto aos actores se dão hábitos de S. Tiago, aos escritores apenas lhes é permitido, se os herdeiros pagarem, o hábito de S. Francisco.»
(In Ecos humorísticos do Minho)