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Posts Tagged ‘escrever’

«Viveu na sua escrita como vive um monge na sua clausura, sequestrado do século pelo condão fastiento e desdenhoso da sua índole, não lhe permitindo gozar da vida senão o sabor mordente e corrosivo da paixão amorosa, – de todas as paixões humanas a que mais frequentemente leva a apetecer a morte. De sorte que ele poderia adoptar para si o epitáfio de Beyle, compendiando a sua autobiografia na mesma breve epígrafe, resignada a altiva, resumo de todo o destino que teve na terra o seu dolorido coração e o seu grande espírito:

Escrevi, amei, vivi

Ramalho Ortigão

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«Quando o coração me falha neste dialecto de escrever livros, volto-me para Camilo, que é sempre rei mesmo em terra de ciclopes.»
(In Camilo génio e figura)

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«O pouco que sei da língua portuguesa devo-o a V. S.
Foi pela leitura das suas obras que aprendi a escrever com uma correção, que muitos bacharéis, daí e de cá, invejam.»

Gaspar Silva

 

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«Na qual se prova que o autor não tem jeito para escrever romances. Este começa por onde acabam os outros.»

(In Anátema)

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«Escrever é respirar.»
(In Esboços de Apreciações Literárias)

 

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«A mocidade ou não lê nada, ou lê livros moderníssimos e detesta os clássicos, porque estes os ensinam a escrever corretamente.»
(In Correspondência)

 

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«Escrever as coisas como elas se passam no mundo, como nós as vemos por aí! Então é melhor não dar cópias da realidade. O que a gente quer é que o romancista nos pinte a sociedade, a vida e as paixões melhores ou piores do que são.»
(In O Romance dum homem rico)

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«Não há nada que me incomode tanto como ter de ler o que escrevo.»
(In A Filha do arcediago)

 

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«Escrever as coisas como elas se passam no mundo, como nós as vemos por aí! Então é melhor não dar cópias da realidade. O que a gente quer é que o romancista nos pinte a sociedade, a vida e as paixões melhores ou piores, do que são. Regala estar lendo uma cena sem naturalidade, e dizer “isto não é assim; mas, se assim fosse, era mais agradável o mundo”.

Onde está a imaginação do novelista, que repete o que viu, ou leu, ou lhe contaram?! É como dizerem que o teatro deve ser a fotografia da vida! Vão para lá com os seus dramazinhos verdadeiros, e verão que nem os músicos da orquestra lhos aturam. O romance é tal e qual a mesma coisa.

Se nos não maravilha, enfada-nos.»

(In O Romance de um homem rico)

 

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Não cuidem que podem ler um romance, logo que soletram. Precisam-se mais conhecimentos para o ler que para o escrever. Ao autor basta-lhe a inspiração, que é uma coisa que dispensa tudo, até o siso e a gramática. O leitor, esse precisa de mais alguma coisa: inteligência; – e, se não bastar esta, valha-se da resignação.
(In O que fazem mulheres)

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