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Posts Tagged ‘Faculdade de Letras de Lisboa’

A Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) apresenta ao público, no próximo dia 21 de fevereiro, às 17H00, os dois primeiros livros da Edição Crítica de Camilo Castelo Branco: “Amor de Perdição” e “O Regicida”. O lançamento
realiza-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com apresentação de Isabel Rocheta.

“Amor de Perdição”, com edição de Ivo Castro, e “O Regicida”, com edição de Ângela Correia, são os dois primeiros volumes da coleção, aos quais se vão seguir “O Demónio do Ouro”, com edição de Cristina Sobral, e “Novelas do Minho”, com edição de Ivo Castro e Carlota Pimenta.

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Acabo de assistir a uma interessante mesa-redonda, organizada pela Faculdade de Letras de Lisboa, e dedicada ao Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, o que aparentemente não constituirá notícia digna de grande nota. A originalidade reside na circunstância de ocuparem o painel quatro jovens investigadores, limpos de qualquer bolor académico, e que provavelmente amanhã à noite, um sábado de abril, descerão a uma dessas discotecas ribeirinhas onde os que ultrapassaram os quarenta não se ouvem, e as luzes disparam contra os olhos dos não fumadores. Confesso que o “fenómeno”, e não encontro melhor epíteto para o ocorrido, me encheu de esperança o coração.
A novelística portuguesa dos últimos anos, e não me refiro à corrente brotoeja da narrativa histórica, sem gramática, e sem cor, mas à que merece atenção, habituou-nos a uma prática de entrecho que se despoja de espaço e tempo. Tudo aí se passa numa espécie de território límbico, tão próximo de Lisboa como de Copenhague, de Denver no Colorado como de Alpedrinha na Beira Baixa. E por este sem-cenário deambulam personagens inventadas por uma como que fabriqueta de blue jeans novelísticos, tão incaracterísticos da época a que pertencem como do que haverá porventura correspondido às suas vidas anteriores.
O terrível efeito da globalização, sofrido pelo romance luso, e às vezes pelo que de maior qualidade entre nós se produz, e que se afasta dos tais enredos que vão buscar à História o que ela contém de sobremaneira superficial, parece assim manifestar indícios de esvaziamento. A geração realmente rasca que desconhecia se Bonaparte chegara antes, ou depois, de Ramsés II, e se Uppsala se situava na Indonésia, ou Ranchipur na Costa Basca, vai dando lugar agora, e admite-se que em consequência de alguma alteração nos programas didáticos, a uma outra que sabe quando, e onde está, e quando, e onde, não esteve. Acalentadoras perspetivas se descerram pois para a sensualidade do texto, e para o gosto que ele for capaz de nos oferecer, o que não deixará de nos proporcionar, e às gerações a vir, saudável quadro de fruição dos dias.
Ao quarteto de modernos investigadores, apaixonados pela obra de Camilo, e que nela andam a descobrir um destino onde respirar a sua própria mocidade, envio o abraço de um camiliófilo que jamais se envergonhará de o ser.

Fonte: Mário Cláudio (www.expresso.pt)

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Data:
20 de Abril de 2012, sexta-feira

Local: Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Organização: Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Comissão Organizadora:

Serafina Martins (Presidente), Margarida Braga Neves e Maria Isabel Rocheta

Apoio: Fundação para a Ciência e a Tecnologia,

 Em 1862, é editado Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco, escrito “em quinze dias”, na Cadeia da Relação do Porto. Esta Jornada Internacional assinala os 150 anos de publicação de uma das obras mais importantes da Literatura Portuguesa, com conferências e comunicações sobre a novela, o multifacetado romantismo camiliano e as possibilidades da sua receção.


Programa

Manhã

9.30 – Sessão de abertura.

10.00Paulo Motta de Oliveira (Universidade de São Paulo)

“Camilo Castelo Branco: de amores e memórias”

10.30Ivo Castro (Universidade de Lisboa)

“Duas semanas de escrita”

11.00 – Debate / Pausa para café

11.30Mário Jorge Torres (Universidade de Lisboa)

“Amores de perdição: perspectivas cinematográficas”

12.00Abel Barros Baptista (Universidade Nova de Lisboa)

“A circunscrição do cómico”

 Tarde

14.30Maria Alzira Seixo (Universidade de Lisboa)

“Percurso das personagens no Amor de Perdição”

15.00David Frier (Universidade de Leeds)

“Paixão e política nos últimos romances de Camilo”

 15.30Sérgio Guimarães Sousa (Universidade do Minho)

“A morte do pai em O que Fazem Mulheres”

16.00 – Debate /Pausa para café

16.30 -17.30Painel de investigadores

16.30Gustavo Duarte (Universidade de Lisboa)

“O Saturno de Camilo: um olhar sobre O Penitente, de Teixeira de Pascoaes”

16.45J. Filipe Ressurreição (Universidade de Lisboa)

“Mariana ou a tragédia do conhecimento”

17.00Ricardo Nobre (Universidade de Lisboa)

“«Pregar com a cabeça numa esquina»: a violência física em Amor de Perdição”

17.15Rui Lage (Universidade do Porto)

“Sorrir ao anjo da morte: vertigem amorosa e vertigem mortal em Amor de Perdição”

17.30Mário Cláudio

Testemunho

Entrada livre

Serão emitidos certificados de participação a quem os solicitar.

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