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Posts Tagged ‘Festival de Teatro Amador – Terras de Camilo’


Uma iniciativa promovida em conjunto pela Câmara Municipal, através do pelouro da Cultura, e pelo Grupo de Teatro Amador Camiliano – Grutaca.

São sete peças de teatro apresentadas nesta VII edição do Festival de Teatro, que decorre entre 27 de março (Dia Mundial de Teatro) e 18 de Maio, na Casa de Camilo, em S. Miguel de Seide, Vila Nova de Famalicão.

Dia 27 de março, quarta-feira, Dia Mundial de Teatro, com o Punctum – Grupo de Teatro (Riba D’Ave) e a peça “In Memoriam”, de Dalila Fernandes.

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No âmbito da IV edição do Festival de Teatro Amador – Terras de Camilo, que decorre de 12 de Fevereiro a 20 de Março de 2010, no auditório da Casa de Camilo – Centro de Estudos, em S. Miguel de Seide, a Nova Comédia Bracarense – Companhia Teatro Amador de Braga apresenta hoje, pelas 21h30, a peça de “O Morgado de Fafe em Lisboa”, de Camilo Castelo Branco.


«Camilo, tão bom conhecedor dos costumes em vigor na capital e na província, coloca ao seu jeito irónico e satírico estas duas realidades humanas em cena aberta na comédia social “O Morgado de Fafe em Lisboa”. E se o celebrado autor conhecia bem as realidades do Minho profundo e da capital profunda, já que penetra com acutilância no âmago característico de cada uma delas, para as colocar num cómico frente-a-frente, também conhecia como ninguém toda a vastidão moral da alma humana, morasse ela no peito embalsamado da aristocracia decadente ou no peito despido e ingénuo do provinciano primário e sincero.
Assim era o país em meados do séc. XIX (1861), dividido entre uma burguesia pretensiosa, fátua, ociosa, marcadamente calculista, particularmente na forma como organizava os casamentos de família, onde o dinheiro tinha um papel mais importante que o amor, e uma sociedade popular, composta de lavradores, comerciantes, pequenos industriais e baixo clero, laboriosa, pertinaz, derreada com impostos e trabalho, sem tempo para devaneios ultra-românticos ou chás dançantes nos salões da frivolidade e do ócio.


O Morgado com “a rústica franqueza da ignorância” subverte este modelo social, pretensamente verdadeiro, fazendo cair máscaras, desfazendo jogos artificiosos, terçando armas com rivais fementidos, sem que dessa cruzada quixotesca não deixe de sair ferido: também joga os seus lances de amor, e de tão alegre que era vê o seu peito repassado de tristeza. A requestada, a dona Leocádia, filha dos barões de Cassurrães, também se podia chamar “A Maluquinha de Lisboa”, para se parafrasear o título de uma célebre comédia de André Brun, que de quatro pretendentes acabará sem nenhum, pois são estas almas levianas que existem para certificar as máximas do rifoneiro popular.


Portugal, posto assim em cima do palco, é uma risota! A capital não se revê na província e a província não se revê na capital, como se estivéssemos na barraca dos espelhos das feiras e romarias, num exercício lúdico, malgrado as transformações do último século, que ainda hoje tem patético valimento. Esse Portugal, a duas velocidades, a duas cores, a duas idiotias, sempre fez rir e chorar este Camilo que nos ensina, porém, a compreender a índole da nossa gente, no que ela tem de elevada nobreza e no que ela tem de rasteiro individualismo, porque por esses estádios e tonalidades morais também passou a alma dele.
E se há autor consubstancial às suas personagens, esse autor é Camilo, porque vive nas suas criações quanto elas vivem em si, pois, havendo só uma vida e um só homem, Camilo viveu dentro destas entidades com todas a ganas do seu ser, ou, como diria uma das suas personagens, com “todas as veras da sua alma”. Por que será que Camilo nos faz lembrar tanto Gil Vicente?»
Fernando Pinheiro, Encenador

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Na abertura da IV edição do Festival de Teatro Amador – Terras de Camilo, que decorreu ontem, dia 13 de Fevereiro, pelas 21h30, no auditório da Casa de Camilo – Centro de Estudos, em S. Miguel de Seide, o Grutaca – Grupo de Teatro Amador Camiliano voltou a apresentar a comédia “O Lobisomem”, escrita em 1850 por Camilo Castelo Branco e publicada postumamente.
A peça foi estreada no ano passado, a 17 de Maio, no âmbito do Dia Internacional dos Museus.
O público presente pôde apreciar um interpretação segura da peça que é, segundo Alberto Pimentel, a história provavelmente exacta do seu galanteio e casamento com Joaquina Pereira, sua primeira mulher. Refere também que esta comédia tem um alto valor psicológico, sobretudo biográfico, porque o autor, retratando-se a si mesmo no papel de protagonista, o estudante disfarçado de lobisomem, faz-se rodear de todo o cenário que circunscreveu a sua vida em Ribeira de Pena, no tempo em que ali casou com Joaquina, do Lugar de Friúme.
O Festival decorrerá neste local entre 13 de Fevereiro e 28 de Março de 2010, e conta com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão.

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