
«…pretende-se, se não me engano, patrocinar os garotos que entoam no Porto, as cantigas da noite de Natal.»
(In Ecos Humorísticos do Minho)
Posted in Direcção Casa de Camilo, tagged cantigas, Ecos humorísticos do Minho, Natal, noite, Porto on Dezembro 22, 2021| Leave a Comment »
Posted in Espírito e graça, tagged aldeia, almoço, cear, chá, comida, Como se casou Silvestre, jantar, noite, rabeia on Abril 15, 2020| Leave a Comment »
«- Credo! Vossemecê bebe chá por almoço?!
– Pois então!
– Ora essa! Cá em casa há chá, que o compra meu tio padre João, mas é para as dores de barriga. À minha boca nunca ele foi, em boa hora o diga!
– As comidas fortes dão-se bem com o seu estômago?
– Ora de dão! Nunca estive doente dois dias a fio.
– Costuma cear?
Pudera não! Almoço, janto, merendo e ceio: é o costume cá de casa; é vossemecê?
– Eu começo agora, desde que vim para a aldeia, a comer melhor; mas não pude ainda habituar-me a cear.
– Pois quem não ceia toda a noite rabeia: é o ditado dos velhos. Então não come mais nada?»
(In Como se casou Silvestre)
Posted in Espírito e graça, tagged Camilo, casino, noite, Póvoa de Varzim, roleta, zero on Dezembro 4, 2014| Leave a Comment »
Camilo estava a passar o mês de agosto na Póvoa de Varzim. Ora, apareceu por lá um sujeito que manifestava prosápias de literato, fora apresentado ao romancista, volta e meia fazia-se encontrado com ele – e Camilo tinha de o aturar. Uma noite, saía camilo do casino quando o tal sujeito ia a entrar.
– Acabo de perder vinte mil réis à roleta e logo pensei no meu ilustre amigo! – exclamou o romancista.
– Ah, sim? – disse o sujeito, desvanecido – Mas pensou em mim, porquê?
Camilo, imperturbável:
– Porque saiu o zero!