«A saudade é a poesia de todo o homem.»
(In Estrelas funestas)
Posts Tagged ‘Poesia’
Pensamento da semana
Posted in Pensamento da semana, tagged Estrelas funestas, Homem, Poesia, Saudade, todo on Janeiro 26, 2020| Leave a Comment »
Pensamento da semana
Posted in Pensamento da semana, tagged esperança, Narcóticos, Poesia, presente, Saudade on Abril 28, 2019| Leave a Comment »
«A poesia não tem presente: ou é esperança ou saudade.»
(In Narcóticos)
Pensamento da semana
Posted in Pensamento da semana, tagged A mulher fatal, chave, coração, oiro, Poesia, verdade on Março 17, 2019| Leave a Comment »
«A poesia é, na verdade, a chave de oiro dos corações.»
(In A mulher fatal)
Pensamento da semana
Posted in Pensamento da semana, tagged A mulher fatal, chave, coração, oiro, Poesia, verdade on Julho 23, 2017| Leave a Comment »
«A poesia é, na verdade, a chave de oiro dos corações.»
(In A Mulher fatal)
Pensamento da semana
Posted in Pensamento da semana, tagged amor, bruto, Doze Casamentos Felizes, irracional, Poesia on Outubro 18, 2015| Leave a Comment »
«Amor com duradoura poesia, se resta algum, está nos brutos que imodestamente dizemos irracionais.»
(In Doze casamentos felizes)
Pensamento da semana
Posted in Pensamento da semana, tagged A mulher fatal, Alma, coração, estômago, Poesia on Julho 15, 2012| Leave a Comment »
«A poesia estéril é o coração sem estômago; a materialidade corrupta é o estômago sem coração. A alma feliz é a que participa do bom sangue de um órgão filtrado de suas impurezas animais pelo outro.»
(In A mulher fatal)
«Os Meus Amigos»
Posted in Bibliografia de Camilo, tagged Camilo, Camilo Castelo Branco, Os meus amigos, Poesia on Novembro 21, 2010| Leave a Comment »
OS MEUS AMIGOS
Amigos cento e dez e talvez mais
Eu já contei! Vaidades que eu sentia.
Pensei que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais.
Amigos cento e dez, tão serviçais,
Tão zelosos das leis da cortesia,
Que eu, já farto de os ver, me escapulia,
Às suas curvaturas vertebrais.
Um dia adoeci profundamente,
Ceguei. Dos cento e dez, houve um somente
Que não desfez os laços quase rotos.
Que vamos nós (diziam) lá fazer?
Se ele está cego, não nos pode ver…
Que cento e nove impávidos marotos!
Camilo Castelo Branco (1825-1890)
Pensamento da semana
Posted in Pensamento da semana, tagged Aventuras de Basílio Fernandes Enxertado, Árvores, Camilo, Camilo Castelo Branco, Céu, Economia Política, Feras, Flores, mulher, Oceano, Poesia, Rochas, Senhor, SOL on Março 29, 2009| Leave a Comment »
“Enquanto houver mulheres, que se sentem em rochas e contemplem o oceano, o céu, o sol, ou outra qualquer obra magnificentíssima do Senhor, a poesia não morrerá. Quando a brutalização da economia política tiver empedrado o coração do homem, aquela mulher será cantada por árvores, flores, rochas e feras.”
(In Aventuras de Basílio Fernandes Enxertado)
“Poesia de Camilo Castelo Branco” – Edição de Ernesto Rodrigues
Posted in Edições, tagged A filha do arcediago, A Murraça, Alexandre Cabral, Ao Anoitecer da Vida, Apanhadas na Lama, cabeça e estômago, Camilo, Camilo Castelo Branco, coração, Dicionário de Camilo Castelo Branco, Ernesto Rodrigues, Folhas Caídas, Inspirações, Nas Trevas, O Juízo Final e o Sonho do Inferno, Os pundonores desagravados, Poesia, Poesias Dispersas, Serões de S. Miguel de Seide on Janeiro 28, 2009| Leave a Comment »
Castelo Branco, Camilo – Poesia . Lisboa : Edição de Ernesto Rodrigues, 2008. 206 p.
Conclui Alexandre Cabral, no verbete “Poeta” do Dicionário de Camilo Castelo Branco (1989, p. 509), ser a «poética camiliana» a sua «área […] menos estudada». Entende por poética a reunião de poemas, cuja temática se diversificaria em «religiosa, lírica e até satírica» (p. 508). E percebe-se que, entre projectos falhados, reputação momentânea, polémicas e pseudónimos, a poesia foi, em Camilo, uma tempestade de Verão, ou funcionou por revoadas, pois, desde 1856, a novelística «obnubila os ambiciosos sonhos do poeta, assinalando a passagem da notoriedade à glória (MAS NÃO NA POESIA)» (p. 509).
Ora, não será possível integrar na poética geral de Camilo essa poética restritiva e mostrar a construção do verso camiliano como ficção acabada, enquanto invade a ficção propriamente dita e concorre para a definição de um modo de estar em literatura, seja do autor, seja de muitas personagens suas? Não será fácil demonstrar as potencialidades entrevistas logo na dupla estreia de 1845, fundamental na definição de lugares e figurações que revemos em acto ficcional? Será mero acaso o facto de abrir e fechar 45 anos de actividade literária pela poesia e, concretamente, pela soltura da tradição literária mais nobre (a épica, cedo passada a narrativa em prosa), invadida pela memória próxima e circunstâncias pessoais? Cremos que, olhando, por interposto verso, à personagem, às situações e às modalidades do sentimento, teremos uma visão global mais completa da produção camiliana.
Isso procuramos mostrar na introdução (p. 7-45), concluindo que, pela contaminação no vaivém de processos que deixam de ser qualidades de uma só espécie, deveríamos falar, não tanto de poesia e novelística, mas de ficção camiliana, de situações e personagens particulares, com tão vivo entranhamento pessoal.
A antologia reúne: 1841? – “Epitáfio”; 1845, 1889 – Os Pundonores Desagravados; O Juízo Final e o Sonho do Inferno; 1848 – A Murraça; 1854, 1858, 1865 – Duas Épocas na / da Vida (retocando Inspirações, 1851): 6 poemas; 1854 – Folhas Caídas, Apanhadas na Lama: 8; 1874 – Ao Anoitecer da Vida: 9; 1890 – Nas Trevas: 13; 1913 – Poesias Dispersas: 5.
Da colheita na ficção e miscelâneas, ainda considerámos “Dom Cupido Desdentado”, no capítulo VII d’ A Filha do Arcediago, e “A fidalguinha”, em Serões de São Miguel de Ceide; limitámo-nos, porém, ao soneto terminal de Coração, Cabeça e Estômago, que encerra lista de 46 poemas.
Ernesto Rodrigues