«Não era gratuito o professor. O senhor Dias percebia do seu magistério oito tigelas de caldo e duas broas por dia! Como querem que haja instrução na cadeia com tal recompensa! Oito tigelas de caldo! Se o pobre mestre tivesse oito estômagos para elas, morreria oito vezes em cada dia! Que valia ao senhor Dias era vendê-las todas, e aplicar o produto a iguarias, que lhe não toldassem o cérebro dos vapores crassos do feijão. Seria impossível, com tal alimento, conservar-se límpida a inteligência do mestre para o funcionalismo docente.»
(In Memórias do cárcere)
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Professor
Posted in Extratos da obra, tagged ensinar, Memórias do Cárcere, mestre, Professor, recompensar on Junho 17, 2014| Leave a Comment »
Diogo Freitas do Amaral, ilustre professor e político, é o convidado de maio da sessão de “Um livro, um filme”, com “Good Bye Lenin!”, dia 30, às 21h30, no auditório da Casa de Camilo.
Posted in Um Livro Um Filme, tagged Diogo Freitas do Amaral, Good bye Lenin!, político, Professor, Um livro Um filme on Maio 27, 2014| Leave a Comment »
Convidado: Diogo Freitas do Amaral
Doutorado em Ciências Jurídico-Políticas, foi Assistente e Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, obtendo a nomeação como Professor Catedrático em 1984.
Em 2011 passou a reger, na Faculdade de Direito da Universidade Lusófona de Lisboa, a disciplina de Direito Público da Economia, coordenando também o Centro Português de Estudos Lusófonos.
É autor de uma vastíssima bibliografia na área do Direito Público, nomeadamente sobre Direito Administrativo, ramo em que influenciou a doutrina portuguesa. Escreveu também uma biografia do rei Dom Afonso Henriques e uma peça de teatro sobre Viriato.
Após a morte de Francisco Sá Carneiro, assumiu funções como Primeiro-Ministro interino do mesmo Governo. Integrou o VIII Governo Constitucional, de Pinto Balsemão, como Vice-Primeiro-Ministro e Ministro da Defesa Nacional, de 1981 a 1983.
Foi feito Cavaleiro de Grã-Cruz da Ordem do Mérito da Itália e Grã-Cruz da Ordem Real de Santo Olavo da Noruega. Foi agraciado com a Grã-Cruz da Bundesverdienstkreut, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
Foi Presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas na 50.ª Sessão, em 1995-1996.
Filme a exibir:
Good Bye Lenin!
Realização: Wolfgang Becker (II)
Argumento: Bernd LichtenbergWolfgang Becker (II)
Ano: 2003
Origem: Alemanha
Dur.: 121 min.
M/12
Sinopse: Outubro de 1989 era uma má altura para ficar em coma, para quem vivesse na Alemanha de Leste – mas é precisamente o que acontece a mãe de Alex (Daniel Bruhl), um activista do progresso social. Oito meses depois, para surpresa de todos, Christiane (Katrin Sass) sai do seu coma. Mas o seu país mudou radicalmente e ela desperta numa Alemanha capitalista. O seu coração está tão fraco que o menor choque pode levá-la à morte. E afinal, o que poderá ser mais dramático do que a queda do muro e o triunfo do capitalismo sobre o seu país? Para salvar a mãe, Alex decide ocultar todos os factos políticos, e para isso transforma os 79 metros quadrados do seu apartamento numa colónia de recordações onde a mãe é levada a acreditar que nada mudou na sua ausência.
Numa maravilhosa, comovente e ao mesmo tempo divertida comédia, Wolfgang Becker (Life is all you get) relata a história de um filho que vai ao limite das suas forças para conseguir o milagre de salvar a sua mãe e fazê-la acreditar que apesar de tudo Lenine conseguiu realmente vencer!
Professor
Posted in Extratos da obra, tagged alimento, magistério, Memórias do Cárcere, Professor on Julho 16, 2013| Leave a Comment »
«Não era gratuito o professor. O senhor Dias percebia do seu magistério oito tigelas de caldo e duas broas por dia! Como querem que haja instrução na cadeia com tal recompensa! Oito tigelas de caldo! Se o pobre mestre tivesse oito estômagos para elas, morreria oito vezes em cada dia! Que valia ao senhor Dias era vendê-las todas, e aplicar o produto a iguarias, que lhe não toldassem o cérebro dos vapores crassos do feijão. Seria impossível, com tal alimento, conservar-se límpida a inteligência do mestre para o funcionalismo docente.»
(In Memórias do cárcere)