«Estes anéis, dera-mos Maria do Adro…
Era filha de uma viúva pobre. Tinha dezassete anos. Fora bonita até aos quinze; depois, uma enfermidade emagreceu-lhe a face, amareceu-lhe a pele, e sugou-lhe a seiva que viçava em flores por todo aquele rir e olhar de descuidosa inocência. À mudança de semblante correspondeu a da alma.
Fez-se melancólica e taciturna. Não arranchava para dançar de roda, nem cantava nas espadeladas do linho. Chamavam-lhe “nona” as azougadas companheiras, e ela o que respondia às provocações era: “Andai, andai, raparigas; eu também me diverti assim, quando tinha saúde.»
(In Duas horas de leitura)
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Casa de Maria do Adro, em Vilarinho da Samardã
Posted in Lugares da vida e da ficção, tagged Alma, Duas horas de leitura, Inocência, Maria do Adro, pobre, rapariga, saúde on Janeiro 23, 2014| Leave a Comment »
Espírito e graça
Posted in Espírito e graça, tagged brasileiro, dotes, Porto, rapariga on Janeiro 31, 2013| Leave a Comment »
Os dotes!
E no Porto? Isso então, rapariga bonita, às duas por três, está no papo de um brasileiro que tenha cinquenta contos, tanto faz que ele seja velho, como zarolho, como raquítico.