Feeds:
Artigos
Comentários

Posts Tagged ‘Raúl Ruiz’


O aclamado filme de RAÚL RUIZ volta a somar mais dois galardões à longa lista de prémios internacionais. MISTÉRIOS DE LISBOA foi considerado pelo prestigiado Sindicato Francês de Críticos de Cinema a MELHOR SÉRIE DE TELEVISÃO e ainda o MELHOR DVD do ano.

Depois de MISTÉRIOS DE LISBOA ter conquistado o PRÉMIO LOUIS DELLUC, o mais importante do cinema francês, este reconhecimento assinalável consolida o êxito imparável desta obra que se afirma como a mais aplaudida da recente cinematografia nacional.

Na cerimónia deste ano dos prémios do Sindicato Francês de Críticos de Cinema foram igualmente distinguidos os filmes ”Melancolia”, de Lars von Trier, como Melhor Filme Estrangeiro, “L’Exercice de L’État”, de Pierre Schoeller, como Melhor Filme Francês, ou ainda “Angèle e Tony”, de Alix Delaporte, como Melhor Primeiro Filme francês.

O Sindicato Francês de Críticos de Cinema, composto por mais de 250 membros, que incluem profissionais de publicações como o jornal Le Monde e a revista Les Inrocks, é a entidade responsável pela organização da reputada Semana da Crítica, no Festival de Cannes. Da lista de jurados que atribuíram estes galardões fazem parte prestigiadas figuras da crítica francesa, como Philippe Rouyer, da revista Positif e do programa Le Cercle, do Canal +.

Ao longo do seu reconhecido percurso internacional, MISTÉRIOS DE LISBOA já foi premiado com a Concha de Prata no Festival de San Sebástian, o Prémio Louis Delluc e o Satellite Award para Melhor Filme Estrangeiro. A adaptação da obra de Camilo Castelo Branco foi ainda considerada o Melhor Filme Estrangeiro pela Associação de Críticos de Cinema de Toronto e RAÚL RUIZ recebeu o Special Award da Associação de Críticos de Nova Iorque.
MISTÉRIOS DE LISBOA

Read Full Post »


A obra-prima de RAÚL RUIZ continua a somar importantes distinções internacionais estando agora nomeado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro nos galardões do LONDON FILM CRITICS’ CIRCLE.
Depois de ter conquistado o SATELLITE AWARD na mesma categoria, MISTÉRIOS DE LISBOA faz parte da restrita lista de nomeados da Associação de Críticos londrina, escolhida por mais de 120 personalidades, incluindo críticos de cinema como Peter Bradshaw (The Guardian), David Jenkins (Time Out London), Nigel Cliff (The Times) ou Jonathan Romney (The Independent). MISTÉRIOS DE LISBOA, que foi recebido com elogios unânimes pela crítica inglesa na sua recente estreia comercial, compete pelo prémio ao lado de obras como “A Pele onde eu Vivo”, de Pedro Almodovar, “Uma Separação”, de Asghar Farhadi, “Poesia”, de Lee Chang-dong, “As Quatro Voltas”, de Michelangelo Frammartino.
MISTÉRIOS DE LISBOA marca também presença nas listas dos MELHORES FILMES DE 2011 junto da crítica norte-americana. O site INDIEWIRE, que efectua anualmente uma sondagem junto dos mais relevantes críticos de publicações como The Village Voice, Variety, Time Out New York, Rolling Stone, Slant Magazine ou Chicago Sun-Times, destaca o filme de RAÚL RUIZ no 7º lugar da lista.
O cineasta chileno, que faleceu em 2011, figura igualmente no 4º posto da lista de Melhor Realizador do ano. O argumento de CARLOS SABOGA foi também destacado pelos críticos, que incluíram esta adaptação da obra de Camilo Castelo Branco no quinto lugar da categoria.
Nesta sondagem do INDIEWIRE é ainda possível confirmar o destaque garantido ao Elenco e à Fotografia de MISTÉRIOS DE LISBOA. Recentemente os prestigiados críticos do THE NEW YORK TIMES Manohla Dargis e A.O. Scott também já haviam incluído a obra-prima de RAÚL RUIZ no seu ranking anual, tal como sucedeu com o top da relevante revista FILM COMMENT.
Mais sinais únicos do sucesso internacional deste filme português, ímpar na história do cinema nacional, e que já conta com distinções como a Concha de Prata de Melhor Realizador no Festival de San Sebastián, o prestigiado Prémio Louis Delluc, o Prémio da Crítica no Festival de Cinema de São Paulo e o prémio de “Melhor Filme Estrangeiro” nos Satellite Awards mas também as distinções da Associação de Críticos de Cinema de Nova Iorque e de Toronto.
Mistérios de Lisboa

Read Full Post »


MISTÉRIOS DE LISBOA estreou-se a 9 de Dezembro em Inglaterra, em duas salas de cinema, nas cidades de London e Bristol, destacando-se uma vez mais com unanimidade junto da crítica internacional ao recolher elogios de importantes meios de comunicação social, tais como THE GUARDIAN, LONDON EVENING STANDARD, que distinguiram a adaptação camiliana com a nota máxima, THE INDEPENDENT ou THE TELEGRAPH.

A 16 de Dezembro, o filme de Raúl Ruiz vai ser exibido numa terceira sala da capital britânica e vai também chegar a Manchester. No final do ano, a aplaudida e premiada obra de Ruiz estreia-se ainda nas capitais da Irlanda e da Escócia.

«Mysteries of Lisbon is intensely and captivatingly strange, a sinuous melodrama about secrecy, destiny and memory in which everyone involved appears to be in a state of hypnosis and on the edge of departing for some Magrittean alternative universe. “Mysteries” is exactly right. (…) The characters act their lives in a world seamlessly woven from dreams and waking, or like figures from a toy theatre brought miraculously to life, with mannerism that are often eccentric and bizarre (…) It could be that Ruiz has some kind of satirical relationship with his source material, that he has taken its preposterous intricacy and, entirely deadpan, constructed from it a meditation on the arbitrariness of fate and unknowability of the past. Or perhaps he has just found in it the ideal basis for a gorgeous, mesmeric spectacle, and one with great human warmth. (…) the cinema of Ruiz offers enormous and unique pleasure.»
THE GUARDIAN, Peter Bradshaw *****

«Raúl Ruiz has left a mammoth testament to his art in this adaptation of a novel by Portugal’s equally prolific Camilo Castelo Branco. This is a filme whose collection of the well-bred and of pirates, prelates, cuckolds and seducers walk through the past and the present like an orchestra by an ironic Ruiz with enormous care.»
LONDON EVENING STANDARD, Derek Malcolm *****

«Mysteries is strikingly handsome and well-dressed, and as stately as the great costume dramas of Luchino Visconti. (…)The labyrinthine sprawl of narratives – akin too Balzac, Dickens and period pulp master Eugène Sue – feels as if it could have expanded infinitely. (…)Mysteries of Lisbon is a subtle delirium, and a magnificient late magnum opus from a director who was one of a kind.»
THE INDEPENDENT, Jonathan Romney

«In a last great burst of creativity, he [Raúl Ruiz] gave us Mysteries of Lisbon, and here it is – all 4 ½ hours of it – reminding us of Ruiz’s gift with light and colour, his ambitions with narrative and his preoccupations with myth, the avant-garde and 19th -century classicism, all at once. (…) For its use of sunlight and candlelight – often simultaneously – and lavish variations on a celadon colour palette, it’s certainly one of the loveliest films ever shot digitally, full of shots you could freeze-frame and look at for hours. Yes, even more hours.»
THE TELEGRAPH, Tim Robey

«The central thread is that nothing, no person, no character that we meet is what they first seem to be. So you have the sort of sense of going behind the camera, behind the mask. Everything and everyone is revealed to have a past, to be something else. It is extraordinary exhilarating.»
BBC RADIO, Ian Christie

«Intricate storytelling has never looked so good. (…) It’s easy to get swept along by the storytelling, with its elements of fairy tale, soap opera, potboiler and bodice-ripper (…) Central to the picture’s success is André Szankowski’s cinematography. Vermeer interiors, Constable landscapes – he does the lot. Most hypnotic are the elaborate ballets that his camera performs to prolong the life of a shot (…) Ruiz and Szankowski favour the unbroken shot that waves and dances around the actors.»
NEW STATESMAN, Ryan Gilbey

«Raúl Ruiz crams an epic quantity of narrative into four and a half hours of screen time, every minute of which will keep you on your toes (…) you are swept along by the rush of narrative. (…) Visually, the film is exceptional – that is to say, it looks as if it were filmed in an era without electricity, often with principal players in shadows.»
TIMES HIGHER EDUCATION, Duncan Wu
`
«It is the most exquisitely intense film of 2011 (…) Mysteries of Lisbon, though, is likely to remain the epitaph of a master who reached earlier peaks with his cryptic classics (…) Even the interior scenes in private quarters and opulently dressed Visconti-ish ballrooms and drawing rooms (…), are devoid of vibrant colour, as if painted by Rembrandt.»
THE ARTS DESK, Graham Fuller

«A masterly swan song from a filmmaker who never failed to provoke and excite, this represents the extravagant pleasures of 19th – century fiction with as much cinematic aplomb as anything since Stanley Kubric Barry Lyndon»
RADIO TIMES, Trevor Johnston *****

«Abetted by a superb cast and an intricate, if operatic, script, Ruiz displays a mastery of cinematic and storytelling technique that ensures this epic saga remains utterly engrossing (…) Storytelling of breathtaking scale and grandeur (…). »
EMPIRE, David Parkinson ****

«This is a truly elegant piece of filmmaking. Ruiz works his optical magic, ensuring that the adventurous and sumptuous cinematography more than matches his beguiling, swirling plot.»
THE VIEW LONDON, Isabel Stevens *****

«Formally breathtaking, each visual trick and theatrical device also propels the story forward, subtly underlining the tropes and patterns in Branco’s dense source material. »
METRO, Colin Kennedy

http://www.misteriosdelisboa.com/

Read Full Post »


Este prémio, que destaca o Melhor Filme do Ano em França, bateu obras como “O Escritor Fantasma”, de Roman Polanski, ou “Carlos”, de Olivier Assayas.

O Prémio Louis Delluc já distinguiu obras de cineastas marcantes como Jean-Luc Godard, François Truffaut, Jacques Tati ou Éric Rohmer, segundo nota enviada à comunicação social.

Segundo a mesma nota o prestigiado prémio internacional coroa um percurso de sucesso para esta adaptação de Camilo Castelo Branco, depois de vencer a Concha de Prata para Melhor Realizador, no Festival de San Sebastián, e o Prémio da Crítica, na Mostra Internacional de Cinema de S. Paulo.

Esta distinção reafirma a qualidade desta produção nacional, ainda em exibição nos cinemas, que se destacou de uma lista de nomeados de luxo, que incluía “Tournée”, de Mathieu Amalric, “Dos Homens e dos Deuses”, de Xavier Beauvois, “White Material”, de Claire Denis, “Des Filles en Noir”, de Jean-Paul Civeyrac, e “La Princesse de Monpensier”, de Bertrand Tavernier.

Em França, o filme continua a cumprir o seu percurso encontrando-se em exibição em cinco salas de cinema de Paris e, por todo o país, dezenas de cidades acolhem a obra do cineasta chileno. Bordéus, Lyon ou Toulouse são algumas destas cidades, onde inclusivamente o filme se encontra em exibição há largas semanas.

No entanto, o percurso do filme não ficará por aqui, uma vez que existem exibições agendadas para dezenas de cidades, de Marselha, Lille, Nice, até ao final de Janeiro.

Em Portugal, o filme encontra-se em exibição em Lisboa , no Cinema King, e em diversas localidades do país.

Mistérios de Lisboa será exibido no Cine-Teatro S. Pedro, em Abrantes, no dia 22. Em Janeiro, será a vez de Faro, Portimão e Sesimbra assitirem a este premido filme do realizador chileno.

Fonte: Jornal Hardmusica

Read Full Post »


Há qualquer coisa de doentio no modo como os graves e complexos problemas do cinema português (a começar pela sua estrita sobrevivência económica) são tantas vezes dirimidos como um inapelável conflito entre “arte” e “comércio”. Pensemos no contraponto com que nos desafiam os americanos. Desde a paternidade simbólica de David S. Griffith (1875-1948), os EUA, não por acaso detentores da mais poderosa cinematografia do planeta, compreenderam que aqueles dois elementos não são estanques nem necessariamente opostos no seu funcionamento. Em boa verdade, são insuficientes, para não dizer incorrectos, para descrever a dinâmica de qualquer contexto de produção.

O que está em jogo, entenda-se, não é nenhuma filosofia pueril para fazermos “à maneira de” (sabemos, aliás, o desastre que são a esmagadora maioria das imitações do cinema americano por europeus). Trata-se de não perder nenhuma oportunidade para valorizarmos e rentabilizarmos (em todos os sentidos) as conquistas reais da produção cinematográfica portuguesa.

A atribuição do Prémio Louis Delluc, em França, ao filme Mistérios de Lisboa, de Raúl Ruiz, é uma dessas oportunidades. Antes do mais, como é óbvio, porque consagra um extraordinário trabalho de reconversão da escrita de Camilo Castelo Branco, subtilmente “cinematizada” pelo argumentista Carlos Saboga e, depois, admiravelmente encenada por Ruiz. Mas também porque na sua assinatura de produção surge o nome de Paulo Branco, um dos que mais consistentemente tem apostado na pluralidade do cinema português e também nas suas ramificações internacionais (Branco está a produzir, por exemplo, o filme Cosmopolis, de David Cronenberg).

Uma das manifestações mais estúpidas que, não poucas vezes, atravessa o debate (?) sobre o cinema português é a que obriga a estar “pró” ou “contra” Paulo Branco. Aliás, a infeliz memória colectiva dos portugueses já esqueceu que, não há muitos anos, se promovia a mesma estupidez, com toda a carga de insinuações e chantagens, em torno do nome de Manoel de Oliveira. A questão é outra, é sempre outra. O modelo de Paulo Branco não é “bom” nem “mau”, muito menos “universal”. A questão, como sempre, está nos detalhes. E que Mistérios de Lisboa ganhe um dos prémios mais importantes de todo o espaço europeu do cinema (já atribuído, entre muitos outros, a Robert Bresson, Jean-Luc Godard e Alain Resnais), eis um detalhe interessante.

Compreendemos, assim, que é possível fazer uma produção criativa e ousada que não se submeta ao império da ficção “telenovelesca”. Mais ainda: compreendemos que é possível manter uma relação viva com a televisão (Mistérios de Lisboa passará também, como mini-série, na RTP) sem ceder à mediocridade dos seus padrões dominantes. Não é cómodo reconhecê-lo, mas este Prémio Louis Delluc ecoa, no espaço português, como um facto eminentemente político.

por JOÃO LOPES

Fonte Diário de Notícias

Read Full Post »

O encontro entre o chileno Raul Ruiz e o português Camilo Castelo Branco não estava escrito nas estrelas. Mas aconteceu e Ruiz levou para a tela o romance oceânico de Camilo, Mistérios de Lisboa. Livro longo, filme comprido: quase quatro horas e meia de projeção que, acreditem, não cansa ninguém. Pelo contrário. Por incrível que pareça, quando termina, ficamos com a sensação de que perdemos alguma coisa, que estamos nos despedindo de personagens que gostaríamos de continuar a conviver. Não vemos um filme como este; moramos nele.

Não é a primeira vez que Ruiz enfrenta obra desse porte. Encarou ninguém menos que Proust, mas a verdade é que, dos sete volumes de Em Busca do Tempo Perdido, escolheu apenas o último – O Tempo Redescoberto (Le Temps Retrouvé) – que ele adaptou em “apenas” 162 minutos. Quer dizer, Ruiz não tem receio da duração. Quando a obra pede, ele concede o tempo que for necessário. Mas são durações diferentes. Em Proust, o tempo é a própria matéria sobre a qual a obra reflete, uma construção da memória que, através de personagens e acontecimentos, indaga, finalmente, sobre a sua própria natureza.

Em Mistérios de Lisboa, estamos na dimensão mesma dos acontecimentos. O filme dura tanto porque a quantidade de coisas que acontecem assim o exige. A profusão de personagens, as peripécias, as coincidências, a multiplicidade de personalidades contraditórias que se escondem sob uma única máscara – tudo isso pedia um fluir mais pausado, sem pressa, atento aos detalhes, como a navegação de um rio muito longo, que se cruza com atenção ao que se passa em suas margens. Para curtir o filme é preciso colocar-se nessa disposição, digamos, fluvial. Sabendo que, quando se está entregue ao sabor das águas, toda a pressa se revela inútil. Então, é relaxar, e curtir a paisagem. A recompensa será enorme.

Inútil dizer que Mistérios de Lisboa é folhetinesco, se a palavra implicar um sentido pejorativo, como se folhetim fosse coisa menor. Porque a obra é mesmo um folhetim. Foi publicada em livro em 1854, quando Camilo tinha 29 anos (é seu segundo romance), mas saíra antes, em capítulos, no jornal O Nacional, do Porto. No dizer de Camilo, ao apresentar sua obra, este não é um romance, mas “um diário de sofrimentos, verídico, autêntico e justificado”. Um crítico, Alexandre Cabral, diz, com justeza, que Camilo apaixona-se pela “mórbida complexidade sentimental da humanidade”. E, de fato, a história comporta cupidez material, ciúmes, assassinatos, incesto, um mundo bruto, cru, distante da espiritualidade que o romancista iria buscar em outras obras.

Esse frenesi de acontecimentos é o que torna empolgante a trajetória de Pedro da Silva, os desvarios do padre Diniz, esse sacerdote vicioso, que julgava só haver dois lugares no mundo dignos de um homem de verdade – o claustro e a guerra. Não faltam também uma condessa ciumenta e ávida por vingança. E nem mesmo um pirata. A ação, que é desenvolvida num longo flash back, a partir de um manuscrito deixado por um moribundo, se passa em Lisboa, mas também em vários outros países, inclusive no Brasil. É um gigantesco painel do mundo (da Europa, em particular) no século 19, mas em registro pouco realista. E há, sobretudo, este Pedro da Silva (Afonso Pimentel) um personagem em busca de sua própria identidade.

Tudo isso colocado na tela com o rigor conceitual que Raul Ruiz costuma emprestar aos seus filmes, que contém sempre algo de misterioso, de oculto, como se os personagens, ou melhor, a relação entre eles não se desse nunca num plano de clareza e racionalidade. Há disso já no folhetim de Camilo. Ruiz realça essa característica com um estilo de filmagem que, em boa parte do tempo, nos evoca o caráter fantasioso de toda recordação – por mais verídica que se proponha a ser. Mistérios de Lisboa, como Carlos, de Olivier Assayas, foi concebido em formato duplo.

É o filme que vemos, com suas 4h26 e também uma minissérie, concebida em seis capítulos de 1h cada. No meio de uma mostra gigantesca, mas formada em boa parte por filmes que acabarão por entrar em cartaz, Mistérios de Lisboa é um dos poucos programas imperdíveis de fato.

Ninguém pode ter certeza de ver este filme no circuito comercial. Ou na TV. Melhor correr e garantir ingresso.

Luiz Zanin
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/luiz-zanin/diario-da-mostra-2010-misterios-de-lisboa/

Read Full Post »


A crítica mundial rendeu-se a ‘Mistérios de Lisboa’, filme de Raúl Ruiz produzido por Paulo Branco

“É uma obra-prima”, enaltece Ricardo Pereira, protagonista da trama adaptada do livro de Camilo Castelo Branco e rodada em Portugal. Maria João Bastos e Adriano Luz, que integram também o elenco principal, corroboram. “É uma obra tão intensa e o Ruiz é genial”, frisa a actriz.

No centro do enredo está o ‘Padre Diniz’, vivido por Adriano Luz, “um homem enigmático, inquietante, com muitas vidas ocultas e máscaras”. O padre de Camilo é, no fundo, “o elo que liga todas as histórias” nesta teia de paixões, desonra, traições e duelos novelescos.

‘Mistérios de Lisboa’ chega hoje às salas de Portugal mas segue o seu percurso pelos melhores festivais de cinema do Mundo. Sábado é a vez de São Paulo (Brasil) ver a obra do chileno Ruiz. Em San Sebastián (Espanha), o filme arrecadou já a Concha de Prata de Melhor Realizador, “uma honra para toda a equipa”, segundo o produtor Paulo Branco.

Quanto à longa duração do filme – quatro horas e meia, com um intervalo -, os actores também se mantêm unânimes. “Nos festivais por onde o filme já passou não vi ninguém sair da sala. E foi sempre aplaudido de pé. É um filme que prende até ao final”, garante Maria João Bastos. Por isso mesmo, Ricardo Pereira desafia: “Espero que todos vão ver. Vale mesmo a pena e não se vão arrepender.”

Sofia Canelas de Castro
Fonte: Correio da Manhã

Read Full Post »


O Padre Diniz, personagem central do romance «Mistérios de Lisboa», de Camilo Castelo Branco, é apresentado pelo actor Adriano Luz que o representa no filme de Raul Ruiz.
Diniz é o padre que se cruza com todas as outras personagens e toca o mistério do amor e da morte mais de perto.
Visionar depoimento

Read Full Post »

Read Full Post »


O realizador João Botelho apresenta, nesta quinta-feira, dia 14, pelas 21h30, o “Filme do Desassossego”, na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão. O filme, que resulta da sua interpretação da obra de Fernando Pessoa, está em digressão pelo País. Em vez de estrear no circuito habitual das salas comerciais, o filme tem percorrido o país como se se tratasse da digressão de uma peça de teatro ou de um músico. De acordo com João Botelho esta forma de exibição foi escolhida porque o “Filme do desassossego” é “demasiado precioso para ser ouvido com coca-colas, pipocas e telemóveis em centros comerciais”, embora o realizador tenha explicado que não quer recorrer a este modelo para os próximos filmes.

“Filme do Desassossego” é uma adaptação de “O Livro do Desassossego”, escrito por Bernardo Soares, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, e nele o realizador quis preservar a palavra original. O fio narrativo do filme concentra-se em três dias e três noites e conta com cerca de quarenta actores em curtas participações, como Rita Blanco, Alexandra Lencastre, Miguel Guilherme, Catarina Wallenstein, Laura Soveral, Margarida Vilanova, Ricardo Aibéo, Manuel João Vieira e Marcelo Urghege. Todos eles dão corpo aos pensamentos de Bernardo Soares, enquanto este divaga por Lisboa.

O actor Cláudio da Silva é o protagonista do filme, interpretando Bernardo Soares, o ajudante de guarda-livros que, entre desabafos, lamentos e constatações, vai revelando os pensamentos fragmentados do seu desassossego. No filme, há ainda uma ópera de Eurico Carrapatoso, “Marcha fúnebre para o rei Luís II da Baviera”, canções de Caetano Veloso e presenças musicais de Lula Pena e dos fadistas Ricardo Ribeiro e Carminho. A entrada custa quatro euros.

FICHA TÉCNICA

CINEMA: FILME DO DESASSOSSEGO de João Botelho (Portugal, 2010)
Interpretação: Cláudio da Silva, Pedro Lamares, Ricardo Aibéo, Monica Calle, Margarida Vila-Nova, Ana Moreira, Alexandra Lencastre, Marcello Urgeghe, Catarina Wallenstein.
Página Oficial: http://www.ardefilmes.org
DATA: 14 de Outubro | quinta-feira | 21h30
LOCAL: Casa das Artes | Grande Auditório.
Entrada: 4 euros
M/12
Duração: 90 m

“MISTÉRIOS DE LISBOA” EM ANTESTREIA EM S. MIGUEL DE SEIDE

Na sexta-feira, Famalicão volta a ser a capital do cinema português, com a exibição, em antestreia nacional, do filme “Mistérios de Lisboa”, inspirado numa obra camiliana. Depois de ter apresentado em primeira mão a película “Amor de Perdição, de Mário Barroso, é agora a vez da antestreia do filme “Mistérios de Lisboa”, (http://www.misteriosdelisboa.com/pt/) uma adaptação do romance homónimo de Camilo Castelo Branco, da autoria do realizador chileno Raúl Ruiz, com co-produção da Clap Filmes e RTP. A exibição acontece nesta sexta-feira, dia 15 de Outubro, pelas 21h00.

O filme que estreia em França a 20 de Outubro, e em Portugal a 21, foi já galardoado com a Concha de Prata de Melhor Realização do Festival de San Sebastián.

Com os actores Adriano Luz, Maria João Bastos e Ricardo Pereira nos principais papéis “Mistérios de Lisboa” conta com mais de quatro horas de duração, e é um fresco da sociedade portuguesa de finais do século XIX, uma verdadeira saga familiar camiliana.

O filme tem entrada livre, no entanto é necessário proceder à reserva de bilhetes, tendo em conta a lotação da sala. A reserva deve ser efectuada através do número de telefone 252309750, de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 17h30.

Baseado na obra camiliana “Mistérios de Lisboa” mergulha-nos num turbilhão imparável de aventuras e desventuras, coincidências e revelações, sentimentos e paixões violentos, vinganças, amores desgraçados e ilegítimos numa atribulada viagem por Portugal, França, Itália e Brasil. Nesta Lisboa de intrigas e identidades ocultas encontramos uma série de figuras que dominam o destino de Pedro da Silva, órfão de um colégio interno: padre Dinis que de aristocrata e libertino se converte em justiceiro, uma condessa roída pelo ciúme e sedenta de vingança, um pirata sanguinário tornado próspero homem de negócios; que atravessam a história do séc. XIX e a procura de identidade do nosso personagem.

Toda a informação sobre o filme “Mistérios de Lisboa” em http://www.misteriosdelisboa.com/pt/

Fonte: Município de Vila Nova de Famalicão

Read Full Post »

Older Posts »