«O meu Jorge está no hospital dos alienados.
Foi indispensável a reclusão para evitar-lhe os ímpetos de fúria. Chegou a bater na mãe.
O primeiro mês, no hospital, dava esperanças, não de cura, mas de redução a um estado pacífico.
Depois tornaram as agitações, e as esperanças lá vão. Considero-o morto, perdido para a família, que importa o mesmo. Quando parecia sossegado, e o Dr. Sena me dizia que era possível regressar a casa., mandei lá o Nuno, como pedra-de-toque para aliviar o estado mental a respeito da família.
Assim que o viu, enfureceu-se. Não há nada a esperar… A tristeza desta casa, e a deplorável velhice dos pais daquele infeliz, menos infeliz que nós!»
(In Carta a Tomás Ribeiro)