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Igreja do Salvador, Ribeira de Pena, onde casaram Camilo e Joaquina.

Registo de casamento de Camilo e Joaquina

Camilo Ferreira Botelho castelo Branco, filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco, e Jacinta Rosa Almeida Espírito Santo, da cidade de Lisboa e do presente assistente nesta freguesia do Salvador, e Joaquina Pereira, filha de Sebastião Martins dos Santos, e Maria Pereira de França, do lugar de Friúme, desta freguesia do Salvador da Ribeira de Pena contraíram o Sacramento do matrimónio por seus mútuos e expressos consentimentos in facie Ecclesiae conforme o Concílio Tridentino e Constituição do Arcebispado com comutação de proclames para depois de recebidos na minha presença e das testemunhas abaixo assinadas,

A 18 de Agosto de 1841.

Este casamento foi uma infâmia!

(Palavras de Camilo a Alberto Pimentel quando este, em 1888, lhe referiu o seu matrimónio com Joaquina)

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A exposição Versões de Um Amor de Perdição, organizada pela Casa de Camilo.Museu-Centro de Estudos, composta por um conjunto de fotografias de três das muitas adaptações cinematográficas da mais famosa obra de Camilo: Georges Pallu, António Lopes Ribeiro e Manoel d`Oliveira.
Está patente, até ao próximo dia 25 de Setembro, na casa onde Camilo Castelo Branco viveu com a sua primeira esposa, Joaquina Pereira de França, em Friúme. Assinalando, assim, os 170 anos do seu primeiro casamento.
Transformada em Museu, a casa recria os aposentos onde terá vivido o romancista. Possui uma exposição permanente onde se aborda a ligação de Camilo com Ribeira de Pena e um espaço de exposições temporárias.

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«Em 1841, Camilo transferiu-se para Ribeira de Pena, onde obteve o lugar de escrevente de notário; pôde, assim, manter até 1842 a rica e fecunda cadência de episódios vividos nas serras de além-Marão que, gravados no mais fundo da sua memória, aí deixaram farta matéria para o melhor da sua futura criação ficcional. Nas margens do Tâmega adquiriu razoáveis conhecimentos de latim com o P.e Manuel da Lixa, enquanto ía auferindo o seu modesto vencimento; participaria activamente em divertimentos populares, quer instruido os aldeãos de Friúme nas práticas do jogo do galo, quer esboçando e ensaiando entremezes ou versejando para descantes; e não tardaria em dar satisfação ao seu gosto pela boémia, pelo jogo e pelas aventuras amorosas, na companhia do P.e Domingos, pároco local, e do boticário Macário Afonso, mestre de gamão e damas.

Mas o acontecimento mais marcante da permanência de Camilo por aquelas terras seria o seu casamento na Igreja de Salvador com Joaquina Pereira de França, uma jovem de apenas 15 anos, que logo abandonaria com uma filha no ventre para não mais voltar a vê-la, mas cuja memória, apesar de tudo, não estaria ausente da concepção de personagens como Josefa, Mariana ou Tomasia» (In Viajar com… Camilo Castelo Branco).

Para fazer um Roteiro Camiliano em Ribeira de Pena:

http://www.cm-rpena.pt/images/stories/Roteiro_Camiliano.pdf

Fonte: Câmara Municipal de Ribeira de Pena

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«Fui a uma aldeia, pendurada de uns rochedos de Barroso. Bragadas era o seu nome. Chamavam-me ali as trutas do rio Beça, as maiores trutas dos córregos riquíssimos de Portugal.
Distanciei-me duas léguas de casa, e fui surpreendido pela noite, debruçado por sobre uma fraga, com o anzol numa levada, onde vi uma truta velha, de cabelos brancos, como lá dizem.
Desta macróbia se dizia que tinha impunemente engolido anzóis! O peixe era um Mitrídates da sua classe.
Assustado da noite, e transviado do caminho, fui dar àquela aldeia, e perguntei a um pastor se lá havia padre. Casa de padre é sempre albergaria certa de forasteiros, mesa farta, e cama limpa. Não havia padre em Bragadas.
[…]
-Vossemecê parece estar a gostar das figurinhas do portão? – disse o senhor Barroso.
– Estava a admirar.
– As figuras são os doze apóstolos e os anjos. Aquilo está bem feito de uma vez, heim?
– Nunca vi coisa melhor? mas…
Sustive-me. Eu ia perguntar ao hospedeiro dono daquele magnífico portal, como era que a fachada do edifício escondia uns quase pardieiros, uma cozinha térrea, e uns sobrados com umas janelas de pedra bruta, e portadas de madeira nem sequer desbastada pelo cepilho!»
(In Noites de Lamego)

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