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Posts Tagged ‘Romance’

Romance passional publicado inicialmente em folhetins no Jornal do Comércio, durante o ano de 1864, O Esqueleto foi editado no ano seguinte por Campos Júnior.
Uma história de paixão entre Nicolau de Mesquita e Margarida Froment, casada que este seduzira em França.

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«Em testemunho da regalada leitura que V. Ex.ª me deu com o seu Minho, lhe ofereço uma das novelas de cá. O Minho tem o romanesco da árvore e o romance da família. A paisagem sugeriu-lhe, meu caro poeta, as prosas floridas do ridente livro.»
(In O Comendador – Novelas do Minho)

 

 

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A monotonia

«A monotonia é fastidiosa até na virtude. Um capítulo de romance cheio de encarecimentos à candidez, à puridade, ao amor angélico de uma virgem, agrada. Dois capítulos, batidos na mesma safra, toleram-se. Três, impacientam. Quatro, atediam, e desacreditam o escritor.»

(In A vingança)

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«Escrever as coisas como elas se passam no mundo, como nós as vemos por aí! Então é melhor não dar cópias da realidade. O que a gente quer é que o romancista nos pinte a sociedade, a vida e as paixões melhores ou piores, do que são. Regala estar lendo uma cena sem naturalidade, e dizer “isto não é assim; mas, se assim fosse, era mais agradável o mundo”.

Onde está a imaginação do novelista, que repete o que viu, ou leu, ou lhe contaram?! É como dizerem que o teatro deve ser a fotografia da vida! Vão para lá com os seus dramazinhos verdadeiros, e verão que nem os músicos da orquestra lhos aturam. O romance é tal e qual a mesma coisa.

Se nos não maravilha, enfada-nos.»

(In O Romance de um homem rico)

 

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«Nos romances todas as crises se explicam, menos a crise ignóbil da falta de dinheiro»
(In Amor de perdição)

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Se sois como eu, em cousas de romances (que no resto, Deus vos livre, a vós, ou Deus me livre a mim), gostareis de povoar a imaginação de cenas, que se viram, que se realizaram, e deixaram de si vestígios, que fazem chorar, e fazem rir. Esta dualidade, que caracteriza todas as cousas deste globo, onde somos inquilinos por mercê de Deus, é de per si um infalível sintoma de que o meu romance é o único verdadeiro.
Eu sou um homem que sabe tudo e muitas outras cousas. Não espreito a vida do meu próximo, nem ando pelos salões atrás de uma ideia que possa estender-se por um volume de trezentas páginas, que, depois, vil espião, venho vender-vos por 480 réis. Isso, nunca.
Tudo o que eu seu, e muito mais que espero saber, é-me contado por uma respeitável senhora, que não vai ao teatro, nem aos cavalinhos, e que tem necessidades orgânicas, mas todas honestas, e, entre muitas, é predominada pela necessidade de falar onze horas em cada dez. Desde que tive a ventura de conhecê-la, não invejo a sorte de ninguém, porque vivo debaixo das mesmas telhas com esta boa senhora, e posso satisfazer a mais imperiosa necessidade da minha organização, que é estar calado. É que não podemos falar ambos ao mesmo tempo…
(In A filha do Arcediago)

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No dia 16 de Dezembro de 2008, pelas 10 horas, decorreu, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a prova pública de um doutoramento em Linguística que tem por objecto de investigação textos de Camilo Castelo Branco.
A tese em referência tem por título Estrutura e Funcionamento da interacção verbal polémica. Contributo para o estudo da polemicidade em Camilo Castelo Branco e desenvolve-se no quadro da Análise do Discurso, perspectiva a partir da qual se descreve a organização discursiva de textos camilianos que constituem o corpus da análise. Desse corpus fazem parte os textos constitutivos da polémica entre Camilo Castelo Branco e Alexandre da Conceição, em torno d’ A Corja, travada entre Janeiro e Abril de 1881, os textos da crónica Revista dos Dois Mundos, A Queda dum Anjo e Eusébio Macário. Estes textos são analisados de uma perspectiva linguística com o objectivo da captação das regularidades discursivas dos textos de polémica.
Está dividida em duas partes. A primeira parte do trabalho passa em revista alguns estudos centrados em problemáticas relacionadas com o texto polémico e a polemicidade, inscritos em diversas áreas teóricas (primeiro capítulo), sistematiza os traços interaccionais genéricos da polémica como troca verbal, apresentando uma descrição teórica dos esquemas interlocutivos predominantes neste tipo de discurso (segundo capítulo) e apresenta a matriz teórico-metodológica de acordo com a qual se descreverá o corpus constitutivo do trabalho – o modelo modular de Análise do Discurso (terceiro capítulo).
A segunda parte do trabalho – Modos de construção do discurso polémico: abordagem descritiva da polemicidade em textos de Camilo Castelo Branco – contém a análise dos encadeamentos de enunciados de textos polémicos, orientada para a descrição dos índices de polemicidade relacionados com a apropriação da palavra do outro e a sua representação discursiva. O primeiro capítulo desta segunda parte debruça-se sobre aspectos contextuais e cotextuais da prática discursiva polémica de Camilo Castelo Branco, autor dos textos que constituem o corpus, salientando traços discursivos com eles relacionados. O segundo e o terceiro capítulos são essencialmente descritivos. São aí feitas as análises descritivas do encadeamento dos enunciados em textos. No segundo capítulo – Polémica entre Camilo e Alexandre da Conceição: estrutura e funcionamento -, a análise recai sobre textos que funcionam como intervenções reactivas numa troca verbal polémica, intitulada por Camilo Castelo Branco Modelo de Polémica Portuguesa, integralmente transcrita em anexo. No terceiro capítulo – A construção romanesca como acto de polémica -, são analisados textos literários avaliados como polémicos em função da imitação subversiva de um código literário que se pretende ridicularizar.
Da tese faz ainda parte um anexo que contém um levantamento de numerosas polémicas portuguesas, ao longo dos séculos, constituindo um contributo para uma História da Polémica em Portugal.
Casa de Camilo

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